quinta-feira, 3 de maio de 2018

Travessia do Himalaya em duas rodas




Para os amantes de motociclismo e aventura, existe uma viagem que não podem deixar de fazer: a travessia do Himalaya. Aproveitando as belas paisagens da região, o passeio proporciona uma experiência incrível pelas altas estradas do Ladack, conhecido como o Pequeno Tibet, no norte da Índia.

Contudo, é preciso preparar-se corretamente e planejar a viagem com cuidado, para evitar contratempos e conseguir aproveitar a sua aventura. Por isso, indicamos um roteiro especializado e apresentamos aqui 6 dicas sobre como fazer a travessia do Himalaya em duas rodas. Acompanhe!

1. Escolha a melhor época para a viagem



Por causa das condições climáticas a melhor época para a pilotagem é entre o final de junho e início de setembro — verão do hemisfério norte —, quando as temperaturas costumam ser mais elevadas. Porém, esses períodos variam de acordo com o clima e a queda de neve, imprevisíveis no Himalaia, podendo causar inundações pelo derretimento de gelo e deslizamentos de terra.

Escolher a melhor época para a viagem é fundamental para encontrar as estradas abertas e diminuir as chances de acidentes causados pelas condições.

2. A moto certa

A forma clássica de fazer a travessia é com uma moto Royal Enfield, originalmente britânica e atualmente fabricada na Índia. Opte pelo modelo “Himalayan” com motor de 400cc e desenvolvida especialmente para as estradas da região. Contar com uma boa empresa de apoio na organização pode ser a garantia de que as motocicletas estejam revisadas e em boas condições para sua melhor performance nas estradas.

Vale lembrar, ainda, que, no trajeto, a moto pode sofrer algumas avarias e necessitar de reparos. Por isso, contamos em toda nossa travessia com mecânico e carro de apoio para levar bagagens, combustível, peças sobressalentes e alimentos. Temos amplo conhecimento do trajeto e de peculiaridades locais que nos fazem oferecer uma aventura segura pelos terrenos do remoto Ladack.



3. Planeje a melhor rota

A cordilheira do Himalaya estende-se por mais de 2mil km, passando por diversos países. A rota, no Ladack, em pleno Himalaya Indiano, não é uma viagem para quem tem pressa: as estradas são complicadas, e alguns trechos são ainda mais difíceis. A viagem deve ser feita com calma, para apreciar os lindos cenários da região.

Se o ritmo do itinerário for bem planejado, o viajante nem precisará ser um especialista em motociclismo para ter o gostinho das rotas magníficas no Himalaya.

4. Prepare-se fisicamente



O preparo físico é importante para conseguir lidar com as condições climáticas e o tempo de pilotagem necessário. Apesar de a distância não ser tão grande, as condições climáticas e da estrada podem dificultar o passeio.

É fundamental estar acostumado a pilotar por várias horas e familiarizado com técnicas de off-road, que podem ser necessárias em alguns trechos. Você precisará de mais ou menos o mesmo equipamento clássico da moto. Escolha equipamentos que mantenham você seguro: luvas, casacos, calças, botas de tornozelo alto e acima de tudo um bom capacete. A roupa técnica térmica é muito útil para mudanças de temperatura. Não esqueça seu cachecol para protegê-lo contra a poeira, um bom par de óculos de sol e protetor solar. Se você preferir o seu saco de dormir do que usar os cobertores dos locais de pernoite, leve-o com você.​

5. Tenha cuidado com o mal de altitude

A maior parte da viagem é feita em grandes altitudes, superior a 3 mil metros acima do nível do mar, com trechos ainda mais altos. Nessas situações, os viajantes podem sofrer o mal de altitude ou mal agudo da montanha.



O mal da montanha é um risco constante em viagens no Himalaya. As boas rotas são aquelas projetadas tendo em mente os níveis de altitude, com preferência por escaladas graduais e uma quantidade limitada de tempo gasto em alta altitude (passagens de montanha). Busque acompanhamento de equipe local especializada para dar apoio e ter todos os conselhos que você precisa sobre como se aclimatar com êxito. Se sentir os sintomas (dor de cabeça, náuseas, perda de apetite, insônia …) , não exite em pedir conselhos de alguém mais experiente no assunto.

Beba muita água, limite a ingestão de álcool e evite muito esforço físico. Certifique se de que haverá cilindro de oxigênio no veículo de suporte.

6. Cuidados na alimentação


Esta também é uma aventura culinária! Você encontrará a cozinha local e ocidental sempre que possível. Para aqueles com paladar sensível, peça algo “não picante”. Para o almoço, seu guia às vezes organiza um piquenique e fará o melhor para atender aos gostos de todos. O mesmo acontece com dietas vegetarianas ou especiais, como sem glúten e veganos, desde que seja avisado com antecedência.


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